sexta-feira, julho 22, 2005



TEMPO AMARGO

Tempo amargo em que as sereias
Já não cantam em nosso mar
Foram ter a outras paragens
Onde encantam no cantar
Verão, estio, tão seco
Dor pungente, tão sentida
Quando entrámos neste beco
Sem saída

Bem te sinto, tão distante
Com os teus passos a meu lado
Há um acorde dissonante
Que entrou no nosso fado
Quem me dá, que bem preciso,
Sugestões, conselhos sábios
Para rasgar só um sorriso
Nos teus lábios

Porque afundas em cuidados?
Onde está tua alegria?
Depois de dias passados
Amanhece um novo dia
Se o nosso amor tem cansaços
Não temas pelo seu futuro
Nos meus braços
Tens sempre um
Porto seguro

Aníbal Raposo
Fevereiro de 2002

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