quarta-feira, novembro 20, 2013





















FADO DA INGRATIDÃO

Não sei porque te canto
Nem sei porque te quero
Tu és o meu quebranto
E desespero

Companheiro na noite
O espinho do meu dia
O ferro de um açoite
Uma agonia

Fado louco
Dás tão pouco
A quem te adora
Mas mantens pela vida fora
O que é chama num artista

Fado duro
Te esconjuro
Na verdade
Por tu seres pai da saudade
Que é o fado dum fadista


Aníbal Raposo
Maio de 1991

1 comentário:

  1. Amigo
    Não sei se há fados ou sinas
    Não sei como fazes rimas
    De sofrido com sortudo
    Não sei como tu destinas
    Com que magia afinas
    A voz que canta isto tudo.

    parabens
    Omaia

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