AJUSTES
Eu hei de sempre cantar a fluidez e a sageza
da água que corre nas ribeiras
na eterna busca da vastidão do mar,
A escorrência dos óleos matizados,
a explosão das cores e o retrato dos humores,
que embelezam a enorme tela da vida.
A fluência desconcertante do vento,
ora brisa suave, ora fúria erosiva,
látego cruel ou afago no rosto.
A fluidez que reside
nas transparências azul-esverdeadas
do dobrar das ondas
sobre as rochas negras de basalto.
Que me dera ter
essa capacidade de adaptação
para preencher corações
e espaços,
a tempo.