quarta-feira, abril 29, 2009

ENTRE O SONO E O SONHO - VOLUME II

Depois da edição da Primeira Colectânea de Poesia Contemporânea com o nome “Entre o Sono e o Sonho”, o jornal Portal Lisboa, e a Chiado Editora preparam-se para lançar o volume II.

Estas duas entidades procuram novos autores para participarem neste livro. Quem estiver interessado pode aceder ao regulamento desta colectânea no site do Portal Lisboa. As inscrições podem ser feitas aqui.

terça-feira, abril 28, 2009



Orfeão Stella Maris actua em S. Miguel

A iniciativa é promovida pela Associação Musical Edmundo Machado de Oliveira.

O Orfeão “Stella Maris” de Toronto vai actuar em S. Miguel. Assim sendo, a Associação Musical Edmundo Machado de Oliveira acolhe-os até ao próximo dia dois de Maio. Este orfeão de Toronto é dirigido por José Rodrigues, antigo maestro da Associação Musical Edmundo Machado, e vem cá no âmbito da actividade de intercâmbio cultural que costuma desenvolver com outras associações corais nacionais e estrangeiras. 

Durante este período, serão realizados dois concertos, intitulados “Na Rota de Cantores Atlânticos”.

No Teatro Ribeiragrandense o evento realiza-se a 28 de Abril pelas 21h00, e no Teatro Micaelense a 30 Abril, pelas 21h30. 

Neste último concerto, para além dos dois orfeões, passarão pelo palco vários músicos açorianos, como Luís Alberto Bettencourt, Ana Paula Andrade, Zeca Medeiros, Aníbal Raposo, Bela Aurora e João Miguel. 

A Orquestra de câmara de Ponta Delgada, composta por músicos do Conservatório Regional, actuará como suporte musical do espectáculo.


in JornalDiario

2009-04-25 

quinta-feira, abril 23, 2009



ABCISSA ZERO

uma urgência,
um dia de Abril,
um cravo na G3,
uma vivência única, 
um referencial cartesiano,
uma vida-ponto.

dois eixos.

o dos xx,
tal como os pés,
na terra assente.

uma subtil tarefa:
manter o dito ponto
com abcissa zero. 

Ponta Delgada, 2009-04-23
Aníbal Raposo

PS: num referencial cartesiano um ponto com abcissa zero está situado sempre no eixo dos yy e portanto, ao caso, na vertical.
Abril - 23
   
 
  
 

ESPECTÁCULO DE SOLIDARIEDADE


 

O Coliseu Micaelense associa-se à campanha de solidariedade que está a decorrer para que o Antero possa receber tratamento que lhe consiga melhorar a qualidade de vida que foi bruscamente interrompida quando tinha a tenra idade de três anos.

O espectáculo visa a angariação de fundos,  cujo a receita reverterá para a deslocação do Antero à cidade de Boston para realização de vários exames médicos.

Este espectáculo, que será transmitido em directo pela RTP/Açores, conta com a participação do conhecido grupo humorístico da ilha terceira, Fala Quem Sabe e vários artistas de São Miguel que aceitaram o convite da Pilar Silvestre, professora do Antero e responsável pela produção deste espectáculo. Zeca Medeiros, Luís Alberto Bettencourt, Helena Oliveira, Pilar Silvestre, Emanuel Bettencourt, Aníbal Raposo, André Jorge, Lino Cordeiro, Alfredo Gago da Câmara, Paulo Linhares, Piedade Rego Costa, Carlos Frazão, Lídia Medeiros, Maninho, Bora Lá Tocar, o Grupo “Musica Nostra", o Coro infantil do Conservatório Regional de Ponta Delgada e a Professora Ana Paula Andrade, o Ginásio Corpore, os Morby Death, Manuel Moniz e o Quinteto Gimijolati, são os que subirão ao palco do Coliseu Micaelense para dar o seu contributo nesta causa. 

Você também pode contribuir através da compra do bilhete para o espectáculo na bilheteira do Coliseu Micaelense, que se encontra aberta entre as 13 horas e as 20 horas, de Segunda a Sábado, ou fazer o seu donativo pelo telefone durante o decorrer do espectáculo.

O espectáculo é no dia 23 de Abril, a partir das 21 horas.

O Antero espera pela sua ajuda!


Publico este artigo com a devida vénia ao Coliseu Micaelense.

terça-feira, abril 21, 2009



PETER - CAFÉ SPORT

Há lugares assim...

Lugares de encontro das almas marinheiras,
vidas indomáveis, peles tisnadas pelo sol,
que vêm contar histórias de sal doutras latitudes
no meio de nenhures.

Na quadro da parede,
pendurado por cima do grande mapa mundi,
José Azevedo, o Peter, parece ouvir cada uma delas
com um sorriso bondoso e enigmático nos lábios.
Complacência de quem sempre as conheceu
contadas de diversas maneiras, em variados sotaques.

Ao canto do balcão 
a carta metereológica.
Às vezes, os afectos devem servir-se
em forma de comunicação anacrónica. 


Horta, 2009-04-20
Aníbal Raposo 

quinta-feira, abril 16, 2009



NUNCA MAIS

Se alguma vez me procurares ferir de novo 
e as tuas rudes palavras me visarem
como afiadas pontas de punhais,
dir-te-ei como disse e repetiu
o  corvo  negro do poema de Allan Poe:
bem podes tu tentar, mas
nunca mais...

Ponta Delgada, 2009-04-09
Aníbal Raposo

segunda-feira, abril 13, 2009


A FALUA DE ISTAMBUL

Maio.
Antes de Abril, ao escuro, já te pressentia.  
Inda hoje, saudoso, a um cerrar dos olhos, enxergo a tua recortada imagem:
Os sonhos ardendo pela rua no desaguar das multidões da esperança.  

Maduro 
Agora. Perdendo viço, mas Maio sempre.
Do meio da bruma, surgirá um dia, rompendo a madrugada,
Uma falua que há-de aproar aqui chegada de Istambul.
Rasgará as águas deste pântano impelida por suas velas latinas, grávidas de vento.
Ouviremos então de novo os belos versos do cantor. 

Maio. 
Até quando
Irás ser
O mês sonhado? Quando decides fazer-te realidade?

Ponta Delgada, 2009-04-13
Aníbal Raposo

Solicitação da minha amiga Amita para a noite de poesia a realizar a 2 de Maio em Vermoim. O tema é: Maio, maduro Maio, como o cantou José Afonso. Espero que seja do vosso agrado. 

segunda-feira, abril 06, 2009



RISOS

E ris-te,
como se fosse
caso de somenos,
cousa pouca,
fazer explodir os céus
bebendo o mel da tua boca.

Ponta Delgada, 2009-04-06
Aníbal Raposo

sexta-feira, abril 03, 2009



ESTIVE LÁ PERTO

Estive lá perto...

Tão perto
que quase toquei
com a ponta dos dedos,
o outro lado, o da eterna claridade.

No meio da minha fugaz ausência,
senti-me a caminhar no túnel escuro.
Escutei vozes, doces mas desconhecidas,
que me recebiam com muita amizade
e experimentei uma enorme
sensação de paz.

Alguém quis que voltasse
e aqui estou eu, de regresso.

Fisicamente mais débil.
Seguramente mais sábio.

De ora em diante,
beijarei cada minuto
da minha breve existência
como se fosse uma das notas
de uma bela e suave melodia:
 
a música da minha vida...


Ponta Delgada, 2009-04-03
Aníbal Raposo