quarta-feira, junho 19, 2013

Saudades de ti tão perto





















SAUDADES DE TI TÃO PERTO

Meu Deus, como era bom ter-te comigo
Aqui no doce abrigo do meu lar
Amar-te de mansinho sobre a cama
Com a calma que um casal tem de se amar

Perder-me nos teus seios e encontrar-me
Molhando esse teu ventre e prazer meu
Morrer, braços em cruz, nesse teu corpo
Tendo a certeza de acordar no céu

Meu Deus tira-me a paz, tira-me tudo
Até os olhos meus podes cegar
Mas nunca, aqui te peço, me retires
O voo, a liberdade de sonhar


Aníbal Raposo
balcão do Zás Trás
1997-07-05

domingo, junho 16, 2013












CEIA DE CRIADORES

Dai a bandeira a beijar
Cante a folia de novo
P'ro Divino abençoar
O coração deste povo

Aníbal Raposo
Remédios da Bretanha
2013

sábado, junho 08, 2013



Mar. Azul que ondula ao vento.
Imenso, robusto, intenso.
Via e sentimento.

"Hai-Kai" Aníbal Raposo
Relva, 2013-06-08























CADA QUAL TEM O SEU DEFEITO
(Aliud alic vitio est)

Se alguém que prezas
Te feriu fundo, sem querer,
Não leves isso a peito.
Cada qual tem o seu defeito.

És capaz de desculpar
O erro alheio?
Nunca percas o jeito...
Cada qual tem o seu defeito.

A vício e a virtude
Sempre se cruzaram
Num atalho estreito...
Cada qual tem o seu defeito.

Se a vida porventura te sorri
Mira-te bem,
Julgas que és o eleito?
Cada qual tem o seu defeito.

Aníbal Raposo
Relva, 2013-06-08