sábado, setembro 15, 2018
Aguardando a tempestade
AGUARDANDO A TEMPESTADE
As nuvens coaram na cinza toda a luz visível.
Imitando as gaivotas beijam a superfície do mar.
Isto não é tempo para pessoas.
Mais valia sermos aves? Peixes?
Não sei ao certo.
Mas duvido que haja criatura viva
que se adapte sem protesto
a um ar tão denso, de cortar à faca.
Solta-te, duma vez, vento educado!
Derrama-te, copiosa, chuva velada!
Nada há mais enfadonho
do que meias-tintas
e esperas sufocantes.
Relva, 2018-09-15
Aníbal Raposo
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Muito bom, o poema.
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijo.