PÕE UM PRESÉPIO NO PEITO
Num Natal que se adivinha
Em consumo e confusão
Vê se cabe uma lapinha
Dentro do teu coração.
Em consumo e confusão
Vê se cabe uma lapinha
Dentro do teu coração.
Com a estrela do Oriente
A refulgir lá no céu
Avisando toda a gente
Que Jesus Cristo nasceu.
A refulgir lá no céu
Avisando toda a gente
Que Jesus Cristo nasceu.
Um aconchego de gruta
Abrigo, na noite fria
E um galo que à treva bruta
Proclama o nascer do dia
Abrigo, na noite fria
E um galo que à treva bruta
Proclama o nascer do dia
Um anjo a pairar na serra,
Glória a Deus lá nas alturas!
Proclamando a paz na terra
A todas as criaturas.
Glória a Deus lá nas alturas!
Proclamando a paz na terra
A todas as criaturas.
Um São José protetor
E bondoso. O seu destino
É velar com muito amor
Por Maria e o seu Menino
E bondoso. O seu destino
É velar com muito amor
Por Maria e o seu Menino
Uma vaquinha e um burrinho
Bafejando com calor
A manjedoura que é o ninho,
O berço do Redentor
Bafejando com calor
A manjedoura que é o ninho,
O berço do Redentor
Um pastor, a carregar
Aos ombros, como convém,
Uma ovelha. A partilhar
Muito, do pouco que tem.
Aos ombros, como convém,
Uma ovelha. A partilhar
Muito, do pouco que tem.
Reis Magos no seu destino
Caminho tão longo, imenso,
Para ofertar ao menino
A mirra, o ouro e o incenso.
Caminho tão longo, imenso,
Para ofertar ao menino
A mirra, o ouro e o incenso.
Se o Natal queres festejar
Procede como o pastor
Há tantos a precisar
Dum simples gesto de amor.
Procede como o pastor
Há tantos a precisar
Dum simples gesto de amor.
(Publicado no jornal Açoriano Oriental em 25 de dezembro de 2018)
Aníbal Raposo