segunda-feira, dezembro 31, 2012
domingo, dezembro 09, 2012
domingo, dezembro 02, 2012
CANTO DE AMOR E DE RAIVA
Muito padece de amor aquele que ama
A manhã dos olhos teus atiça a chama
Não me vou se Deus quiser
Sem a alegria de ver
Um enorme sol a arder
Na nossa cama
Em cada gesto teu há claridade
Em cada sorriso alvo uma saudade
Neste fogo abrasador
Sei-te bem, sei-te de cor
Voemos pois meu amor
Em liberdade
Pela barca portuguesa o povo teme
Nesse mar que se agiganta o casco geme
Não temos porto de abrigo
Ver um rumo não consigo
Ver um rumo não consigo
Nesta nau em desabrigo
Não há leme
Muito mal vai um país que os filhos drena
Brota de novo feroz a vil gangrena
Não posso, não me demovo,
Há que fazer que de novo
Volte a ser o nosso povo
Quem ordena
Aníbal Raposo
Ponta Delgada, 2012-12-01
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