UM OLHAR DENTRO DE MIM
Tenho vivido
absorto, alegremente.
O tempo flui
de forma displicente,
E a vida é
curta, deve ser vivida.
Neste pisar de palco permanente
Digo p’ra mim,
de forma consciente:
- Não há
farsa maior que a minha vida.
Se chorar
quero, rir, ou admirar-me
A Deus dar
graças, reconciliar-me,
Comigo: Oro - a prece é um fortim.
Sempre que
me pondero e me aprofundo,
E me apetece
escarnecer do mundo,
Não tenho
mais que olhar dentro de mim.
(Refletindo sobre um texto de António Vieira)
Relva,
2015-12-23
© Aníbal
Raposo