sábado, novembro 15, 2014
CASA
Sonhei,
ao pormenor,
a tua génese.
Povoaram-te risos,
versos de amor
e flores de esperança.
Vi-te a escoar
no vazar da maré,
quando o escuro da noite
pintava o fundo da minha alma.
Mas veio o sol de novo
e inundou-te as salas, de música,
de gargalhadas límpidas,
delicadezas de orquídeas
e cheiro a tangerinas.
De quando em vez
oiço o som das asas
dos pássaros fiéis que, no regresso,
esvoaçam felizes no teu ventre.
Testemunha muda
do tempo.
Palco iluminado
onde, a cada dia, vai à cena
a peça das nossas vidas.
Relva, 2014-11-15
Aníbal Raposo
PhotoAllegory of Sarolta Bán
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A vida como um teatro...
ResponderEliminarUm belo poema.
Beijo.