DESNORTE
Nós somos, tu e eu, dois sóis ardentes
De fogo iluminados, consumidos,
Em pelejas de amor ledas e quentes,
Explodindo na folia dos sentidos.
De tanto nos acharmos, tão perdidos
Em devaneios mil, beijos frementes,
Por entre gritos cavos e gemidos
Tocamos o universo dos dementes.
Por isso aqui declaro meu amor
Que gosto de te amar com tanto ardor
Como se fosse sempre a vez primeira.
Corações irmanados, ternos laços.
Que sorte não ter norte nos teus braços
Eternamente arder nesta fogueira.
Relva, 2013-10-19
Aníbal Raposo
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