sexta-feira, outubro 25, 2013
LONGE NA TARDE
Um banco de jardim ali plantado
Com fina precisão. Centro de nada.
Convite aberto à reflexão
Sobre o rasto dos meus passos
Nesta fugaz jornada.
Sentei-me.
Na tarde imensa,
Qual curva do tempo eterno,
Desassombrada,
Saboreei o mel e o fel
Da minha estrada.
No quente abrigo
Da concha segregada
Ri de alegrias
E de tristezas
Que vivi.
Caiu a noite.
Quando os candeeiros
Por fim se iluminaram
Andava eu longe...
Posso jurar
Por Deus
Que luz não vi.
Aníbal Raposo
Relva, 2013-10-25
(foto de Brandace Myers)
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