À HORA EM QUE OS POETAS SE INQUIETAM
Há momentos tão feitos à dor
Que soltam sentimentos, que os despertam.
Eu, por mim, sou dado a males de amor
À hora em que os poetas se inquietam.
Na hora em que os meus versos nascem soltos
Há um pôr-do-sol tão roxo que seduz.
As formas em recorte contra-luz
E os mares do meu peito tão revoltos.
Um bando de estorninhos, nuvem preta.
A dança em rodopio dos morcegos.
Há um ferver do sangue do poeta
Que entrou na hora dos desassossegos.
Rocha da Relva, 2002
Aníbal Raposo
Sem dúvida! 'Na hora que os poetas se desassossegam....'. Gostei. Beijos.
ResponderEliminarÀ dor que os poetas se inquietam!
ResponderEliminarIdentifiquei- me ( e de que maneira), com este verso!
Bom fim de semana.
Olá !
ResponderEliminarvi o seu blogue entrei!aqui estou para lhe dizer o quanto é lindo os seus poemas,mas dei um salto e ouvi um pouco a sua música, adorei tudo ...Parabéns porque merece
Atensiosamente
(Sol)
Maria...
Bela imagem poética. A julgar pelo desassossego essa hora do dia não escolhe só quem escreve.
ResponderEliminarAbraço,
Na inquietação da alma, há sempre um por de sol arroxeado e um mar revolto!
ResponderEliminarUm beijo pra ti