ALVOROÇO (blues) Vou protestando |
Contra os maus ventos |
Que os momentos |
Bons, vão rareando |
Na tarde inquieta |
Já se ouve um pranto |
Neste recanto |
Cheira a sarjeta |
Estar agitado |
É ofício |
De poeta |
Não estou sozinho. |
Em cada esquina |
Nasce outra sina |
Um novo caminho |
Vai-te queixume |
Vivo o presente |
Intensamente |
Que a vida é lume |
O importante |
É remar |
Contra a corrente |
Vão me apertando |
No torniquete |
Sou um joguete |
Dum vil desmando |
Por que razão |
No mês corrente |
Num de repente |
Foge-me o chão? |
Cabeça erguida |
Que estou vivo |
E que sou gente! Relva, 2013-12-02 Aníbal Raposo |
segunda-feira, dezembro 02, 2013
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