DA ACENTUAÇÃO
Já não falo de não terem vincado
no nato volume, o i de minha graça,
que a língua lusa e, já agora, eu,
vá lá saber-se por que vão capricho,
fazemos questão que seja acentuado e grave.
Dir-se-á que foi um lapso,
falta de atenção e de tempo disponível.
Pois bem, não quero lançar anátemas:
aceito e acredito que assim tivesse sido.
No entanto,
na minha provecta idade
tenho como dado e provado
que todas as acções obtêm sempre o tempo preciso
que estamos pré-dispostos a dispensar-lhes.
Acentuo, porém, com amizade
mas com acento muito grave,
não ter sido desenhado o tempo e o espaço
para conhecermos e distribuirmos abraços cúmplices
aos diversos pais e mães
da cópula feliz
que gerou a criança linda
que ontem nasceu
no Onda Jazz.
Lisboa 2009-02-01
Aníbal Raposo
Parabéns pelo texto e pela sensibilidade com que o escreveu!
ResponderEliminarBeijinhos,
Ana Martins
Estamos de acordo, amigo. A Organização não criou as condições mínimas necessárias para que os autores dos poemas se pudessem contactar devidamente.
ResponderEliminarFicou-me essa tristeza. Mas foi bom nós os dois termos falado. E também com a Fernandinha. Mas foi pena. Um abraço.
Eduardo
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